Dentre cerca de quase 2 milhões de espécies distribuídas pelos Reinos atuais, hoje temos a certeza da existência no Reino Animal de aproximadamente 1 milhão e 200 mil espécies; descritas por diversos zoólogos. Entretanto a medida que o conhecimento científico avança, a tendência é constatarmos novos acréscimos nesta imensa lista. 

WILSON (1988) considera que temos ainda um pouco mais de espécies : 1 milhão, 392 mil e 485 espécies descritas de organismos atuais . Deste total, 95 % são de spp (esp de invertebrados e cerca de 5 % de spp de vertebrados. Estima-se que o número de spp extintas seje possivelmente cerca de 7 vezes maior do que o no de spp atualmente vivas. Por outro lado, consideramos os filos como as maiores divisões em que os animais são classificados ou agrupados. Alguns como: Mollusca , Arthropoda e Chordata são bem conhecidos em razão dos impactos que causam a vida humana. Outros, em razão de suas dimensões, por exemplo, o Rotifera tornou-se conhecido somente após a invenção do microscópio. 

 No metade final do século XX , tivemos poucas descrições de novos filos. Em 1983, o Loricifera, a mais recente descoberta ; foi localizado em cascalhos constituído por fragmentos de conchas de moluscos, no litoral da França. A medida que as tecnologias de prospecção em profundidades abissais nos oceanos forem se tornando viáveis, possivelmente novas spp e até talvez, novos filos sejam descobertos. 

E qual a razão desta diversidade ? Felizmente Darwin conseguiu responder parte desta pergunta. Considerando o fato que os indivíduos de uma mesma espécie vivem em grupos, as populações, muitas vezes vivem isoladas geograficamente. Se uma dada população, num determinado ambiente, enfrenta escassez de recursos para sua sobrevivência (principalmente alimento), ou tem inimigos naturais, aqueles indivíduos da população com características mais favoráveis para competir por alimento, ou escapar dos inimigos, terão maior probabilidade de sobreviver e deixarão maior número de descendentes. Estes descendentes, tendo herdado as características dos pais terão maior sucesso na sobrevivência e reprodução, perpetuando assim não apenas a espécie mas também as características de seus ancestrais. Em contrapartida, os indivíduos com características desfavoráveis têm menos probabilidade de sobreviver e reproduzir-se e, portanto deixam menos descendentes. Assim suas características serão praticamente eliminadas das gerações seguintes daquela população. 

 Desta forma se explica a existência de animais outrora vivos e hoje fósseis. Esse processo de seleção natural pode levar ao aparecimento de diferenças notáveis entre populações de uma mesma espécie. Isso dependerá, em boa parte, de quão distintos forem os ambientes em que vivem essas populações. As diferenças podem se acentuar ao ponto de que indivíduos de uma população não mais se cruzem com os das demais (ou, caso ocorram cruzamentos, serão produzidos descendentes estéreis). Nesse momento, aquela população passa a constituir uma nova espécie. 

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