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A importância do nível superior


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A professora e pedagoga Maria Gorete Cordeiro da Silva sabe perfeitamente a importância do nível superior em sua carreira! Após 15 anos como telefonista de uma grande empresa, sem ter conseguido nenhuma promoção significativa, foi demitida, como muitos, durante um processo de renovação de funcionários. Aos 40 anos investiu o dinheiro de sua rescisão de contrato em uma Universidade, hoje dá assessoria a duas prefeituras, a de Guarulhos e de São Paulo, e não se arrepende de sua escolha, ao contrário, incentiva jovens e adultos a fazerem o mesmo.


Como foi sua experiência no mercado de trabalho antes da profissionalização?
Eu casei muito nova e não terminei o que se chama de ensino médio, tinha apenas a 1a série do antigo 2o Grau, meu marido era pedreiro e eu tinha 2 crianças pequenas e resolvi trabalhar. Comecei como telefonista de um serviço de atendimento, e não importava o quanto me esforçasse, não saia da mesa de atendimento. Apesar de ser uma funcionária modelo, eu não era promovida. Em 1995 a empresa resolveu investir em uma nova área, mas para passar para esse setor, muito melhor, eu tinha que ter o 2o Grau completo.


Foi quando você voltou a estudar?
Sim, eu queria muito melhorar de vida e fui fazer um supletivo, e houve uma melhora imediata, eu saí da mesa de atendimento, e nesse novo setor, que também era atendimento, mas de outro produto, virei auxiliar de supervisão. Em 1999 a empresa começou a ameaçar de demissão os funcionários que não possuíam ensino superior, então eu criei coragem e prestei vestibular.


Apesar da Faculdade, você foi demitida, como se sentiu?
A essa altura eu já tinha desistido internamente do meu trabalho, pois sabia que ele não me servia mais. Estava assustada, pois estava apenas no primeira ano de pedagogia, tinha mais de quarenta anos e já tinha ouvido muitas histórias de que a carreira acabava nessa idade. Segurei o dinheiro do meu seguro desemprego para pagar a faculdade e comecei a procurar serviço na área. Hoje vejo como isso foi importante e positivo, pois no segundo ano da faculdade eu já estagiava. Quando me formei já era uma profissional com expe-riência na área.


Um dos seus primeiros trabalhos na área foi no EJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos), como foi lecionar para adolescentes e adultos de diversas idades?
Foi difícil, primeiro porque como pedagoga eu tinha que perceber e suprir a dificuldade de cada um, esse trabalho é bem diferente de um professor que le-ciona matemática ou português, ele sabe o que vai ensinar, eu tinha que conversar com cada aluno e perceber qual era a carência de cada. Fico muito feliz quando reencontro com os alunos dessa época e vejo que conseguiram algum crescimento.


O que a Pedagoga Maria Gorete diria para o jovem que está prestando o Vestibular hoje?
Que ele desista de todos os outros objetivos para investir nele mesmo. Não escolha sua profissão e nem faça o vestibular apenas pelo mercado, pois se ele ama uma profissão e luta por ela, ele vai dar certo em seu caminho. Que nunca é tarde para se aprender, sendo um aluno ou na vida.

Fonte: www.primeiramao.com.br

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