G1 - O portal de notícias da Globo. A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgaram em 27/05/2008, o relatório Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. O estudo indica que 97.596 quilômetros quadrados de Mata Atlântica foram desmatados no período entre 2000 e 2005, o que significa que o bioma foi reduzido a 7,26% do seu tamanho original.
De acordo com o estudo, os estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia foram os que registraram o maior desmatamento no período analisado.
A fundação e o instituto informam que a área original de Mata Atlântica é de 1,3 milhão de km², distribuídos em 17 estados (PB, PE, AL, SE, BA, ES, GO, MS, MG, RJ, SP, PR, SC, RS, CE, RN e PI). “Os dados apresentados para o período de 2000 a 2005 confirmam a redução de 69% na taxa de desmatamento comparada com o período anterior [de 1995 a 2000], mas a avaliação recente indica aumento no ritmo de desmatamento nos dois últimos anos”, disse Marcia Hirota, coordenadora da pesquisa.
O estudo mostra ainda que a área desmatada totaliza os fragmentos acima
de um quilômetro quadrado, distribuídos em 17.875 polígonos de 16 dos
17 estados brasileiros analisados. O estudo ainda inclui informações
sobre Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, levantados pela ONG
Sociedade Nordestina de Ecologia. Apenas o Piauí não teve a área da
Mata Atlântica avaliada.
Os pesquisadores informam que o desmatamento no bioma dificulta a
proteção de árvores e animais que vivem nessas regiões. O estudo indica
que existem hoje na Mata Atlântica 142.472 km² de florestas nativas, o
que representa 10,6% do total. “Por causa da extrema fragmentação de
alguns trechos, principalmente nas regiões interioranas, a interligação
entre as florestas nativas torna-se primordial para garantir a proteção
da biodiversidade”, disse Marcia.
Matéria original: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL580101-5598,00.html