São organismos constituídos de fisiologia simples, na sua construção de sua estrutura corporal, possuem células flageladas denominadas de coanócitos que promovem a circulação da água através de um sistema de canais exclusivo do filo (sistema aqüífero), ao redor do qual o corpo está construído.

A corrente de água conduz partículas orgânicas que são filtradas e digeridas. São sustentadas geralmente por um esqueleto mineral formado por espículas, que são estruturas de sílica ou carbonato de cálcio, de dimensões variáveis (de poucos milímetros a centímetros). Existem entretanto, inúmeras variações. Em algumas, este esqueleto pode ser constituído por calcário maciço, nas que são que são chamadas de esponjas coralinas.

Em outras, conhecidos como esponjas córneas, por fibras de espongina, uma proteína do tipo do colágeno.

Até então, admitíamos o conceito padrão como sendo: “animais filtradores e sedentários, que se utilizam de uma única camada de células flageladas para bombear água através de seu corpo”(BERGQUIS,1980). Entretanto, recentemente, VACELET et al. (1995) registraram a presença de espécimes de Cladorhizidae, poríferos carnívoros, endêmicos em altas profundidades, e desprovidos de sistema aqüífero.

No Brasil, foi constatado a ocorrência de Chondrocladia albatrossi, uma sp carnívora, coletada a 4.450 m de profundidade, e a cerca de 500 Km da costa, caracterizando-se por serem desprovidas de tecidos típicos, como encontrados em outros animais multicelulares, suas células ainda retém um alto grau de totipotência (capacidade de diferenciação celular) e independência.

As esponjas apesar de serem animais capazes de alcançar grande porte, com mais de 1 metro de altura ou recobrir significativos espaços no substrato, alguns dos seus processos orgânicos por vezes apresentam significativa proximidade aos encontrados nos Protozoa (organismos unicelulares), do que com os Metazoa (animais multicelulares). Alguns autores usam estas características para alocar as esponjas num grau de organização intermediário:parazoa. Entretanto, pelo número de elementos em comum já encontrados; estão no momento,alocados entre os metazoários.

Texto: Prof Ricardo Cabral (UESC) 

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