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Porifera: relações ecológicas 

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Relações ecológicas.As esponjas são notórias por abrigarem diversos organismos, chegando mesmo a serem conhecidas como “hotéis marinhos”. Além de bactérias e protozoários em sua matriz extracelular, podem comportar também uma imensa variedade de organismos maiores, que se aproveitam da relativa proteção de suas reentrâncias e canais. Outros animais maiores também se aproveitam do baixo grau de predação de algumas spp e permitem que estas cresçam sobre suas carapaças ou conchas. Simbiose.Muitas esponjas marinhas abrigam organismos simbiontes; Verongia spp abrigam bactérias intracelulares que podem totalizar mais que 33 % do peso da esponja; outras esponjas contêm algas cianofíceas, situação incomum e pouco entendido entre as esponjas; LAURO (1971) comenta que certas esponjas são verdes porque na sua mesogléia se aloja grande número de algas unicelulares, chamadas zooclorelas; por um lado a esponja fornece sais minerais à alga, e esta, oxigênio à esponja. Comensalismo: As relações de comensalismo envolvendo esponjas são comuns. O intricado sistema de canais das esponjas e suas defesas antipredação as tornam excelentes refúgios para uma horda de invertebrados menores (crustáceos, ofiuróides, poliquetos) e alguns peixes (gobídeos e blennídeos). Inúmeras spp dependem desta proteção principalmente nas suas fases juvenis para manter suas populações em níveis estáveis. Atualmente vem sendo desenvolvido estudos com o objetivo de caracterizar a macrofauna associada (animais maiores que 1 mm) da esponja Mycale microsigmatosa Arndt, 1927; comum no litoral brasileiro; abriga uma população variada de pequenos crustáceos (anfípodas na sua maioria), poliquetos, picnogonídeos, cnidários, moluscos e equinodermos.

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As relações desta fauna associada comhospedeiros é complexa e ainda pouco estudada. BRUSCA e BRUSCA (1990) citam que um exemplar de Spheciospongia vesparia estudado na Flórida (EUA) que continha em seu sistema aqüífero cerca de 16.000 camarões alpheídeos; adicionalmente, outro aspecto relevante, observado no Golfo do México constata a presença de cerca de 100 diferentes spp de plantas e animais em um reduzido espaço observado de 225 cm2 de um exemplar de Geodia mesotriaena. No Japão foi constatado que uma determinada sp de peixe, desova no interior da esponja Mycale adhaerens; aproveitando-se da proteção oriunda da sua defesa química. Extremamente interessante é o comportamento de defesa praticado por caranguejos Dromia spp; que recobrem suas carapaças com fragmentos de esponjas de diversas spp. Desta forma adiciona um novo visual, bem como uma excelente e prática camuflagem contra seus predadores. Outras associações envolvem esponjas e microorganismos endossimbiontes, principalmente bactérias e cianofíceas. Presumivelmente, a matriz extracelular das esponjas provê um meio rico para o crescimento das bactérias, e o hospedeiro se beneficia de um estoque de bactérias utilizável em sua nutrição. As esponjas são os únicos metazoários conhecidos a manter relações simbióticas com cianofíceas, que produzem glicerol e compostos fosfatados para a nutrição das esponjas. Esponjas portadoras de cianobactérias funcionam como produtores primários, e apresentam um crescimento rápido e alta produtividade primária em recifes de coral. Interessante comentar que as esponjas Suberites donuncula (pão – de – gaivota), instalam-se sobre conchas de caracóis, ocupadas por crustáceos paguros, as quais recobrem, deixando livre apenas a abertura. Aproveitam as partículas alimentícias que sobram da trituração das vítimas do paguro.

Esponjas perfurantes:Por outro lado, é interessante constatar que nem tudo são flores quanto ao relacionamento ecológico das esponjas com outros organismos, BARNES (1984), BRUSCA e BRUSCA (1990), RUPPERT e BARNES (1994) e HAJDU et ali (2000); relatam que nem todas as esponjas são comensais ou mutualísticas; as esponjas perfurantes Cliona spp (Demospongiae) escavam galerias complexas em substratos calcários como corais e conchas de moluscos. Entretanto, apesar de causarem danos significativos às culturas comerciais de ostras, a biorosão causada por estas esponjas em recifes de coral auxiliam no processo de crescimento do recife; a escavação (remoção química) iniciada por amebócitos especiais da larva pioneira determinando a retirada de pequenas pastilhas de carbonato de cálcio, os espaços formados deverão ser ocupados pelo corpo da esponja a ser formada, na superfície deste espaço, o corpo se projeta pelas aberturas dos canais na forma de pequenas papilas, que representam agregados de óstios que se abrem para um canal aferente ou para um ósculo, as esponjas perfuradoras são importantes agentes na decomposição de conchas e corais. Esse sedimento será posteriormente reincorporado ao recife pelo processo de cimentação, que envolve fatores físicos, químicos e biológicos e que é fundamental para o crescimento do recife de coral. As esponjas auxiliam também por crescerem sobre os grãos de sedimento, mantendo-os agregados e estabilizados por mais tempo e facilitando a ação de microorganismos cimentadores; Cliona celata é uma esponja perfuradora típica em águas rasas do Atlântico, pode ser localizada sobre conchas abandonadas de moluscos; o amarelo sulfuroso desta esponja é visível nos pontos onde canais perfurados atingem a superfície da concha, por outro lado, no Caribe encontramos Cliona lampa, de matiz vermelha, típica sobre corais ou rochas coralinas; onde penetra como uma fina camada incrustante.

Predação:Resultados preliminares obtidos de estudos em curso na Baía de Todos os Santos (Salvador, BA) apontam para a espongivoria praticamente exclusiva de Eucidaris tribuloides (ouriço-satélite). No caso de Echinaster brasiliensis (estrela - vermelha brasileira) foi observado que as suas formas jovens preferem tunicados e as formas adultas desta sp de estrela - mar demonstram preferência por esponjas. HAJDU et al. (2000) comentam que esponjas abrigam um amplo espectro de moléculas, típicas ou originárias de alguns endosimbiontes como bactérias, muitas das quais de comprovada ação tóxica sobre os mais diversos organismos, para minimizar os efeitos do acúmulo de toxinas desta ou daquela sp de presa, os predadores adotariam uma estratégia alimentar diversificada.

Texto: Prof. Ricardo Cabral (UESC)

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